05 de Outubro, 2020

Funcionário ou Profissional Independente?

Repensando as relações de trabalho

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Fernando Campos

Sócio Fundador e CCO da Santa Clara

Pense no significado da palavra “funcionário”, e em seguida pense no significado da expressão “profissional independente”. Perceba as sensações e emoções que brotaram quando você leu cada um destes termos. A diferença entre elas de alguma forma materializa uma das muitas transformações pela qual estamos passando em nosso negócio: a relação de trabalho.

Depois de passar anos ouvindo e mesmo protagonizando as intermináveis lamúrias nos corredores, happy hours, grupos de whatsapp, “planilhas das agências”, decidimos demolir o modelo paternalista, arcaico, semi-escravocrata que imperou por décadas nas relações de trabalho das agências de publicidade. Bom, na verdade em quase todos os segmentos, mas vamos falar do nosso quintal, combinado? 

No modelo getulismo-meets-pejotização em que o mercado se acomodou, o contrato é simples. A agência compra uma parte significativa da sua vida (profissional e pessoal) e paga por mês, parte em dinheiro e parte no que se convencionou chamar de “benefício”, mas que na verdade é apenas dinheiro mais barato para a fonte pagadora. A empresa te obriga a se transportar todos os dias para um escritório e te dá o “benefício” de um vale transporte. Te obriga a almoçar na rua de segunda a sexta e te dá o “benefício” de um vale refeição. E o “funcionário” precisa “funcionar” o quanto tempo for necessário, na hora que for necessário. Manda quem pode, obedece quem tem juízo. E tome virada de noite, e tome sábado, e tome pizza na madrugada. Até que um dia a conta não fecha mais. O cliente saiu, a crise bateu na porta, a Covid chegou. Qual a opção da agência? Simples: demite. E assim vão saindo os barcos de demissão. Não existe nenhum mecanismo que torne possível a adaptação de toda a carga de trabalho ao novo patamar de receita, sem que obrigatoriamente o profissional perca toda a renda, na maioria das vezes em momentos onde o mercado não está contratando ninguém. A rescisão dura um par de meses, mas às vezes o novo emprego só vem um par de anos pra frente. Quem nunca?

Acreditamos num modelo diferente, onde de um lado está uma plataforma geradora de receita, e do outro estão profissionais independentes que ajudam a produzir esta receita e dela se remuneram. Pessoas que podem trabalhar como quiserem, de onde quiserem, nos dias que quiserem, pra quem quiserem, no projeto que quiserem. Recebem por cada hora trabalhada, nem menos, nem mais. Podem aceitar ou negar o trabalho baseado no valor da hora, na afinidade com o projeto, e não há nenhum tipo de punição por isto, não existe sequer necessidade de justificar. Estes profissionais não têm exclusividade com esta plataforma/agência (exceto em projetos que demandam e remuneram esta exclusividade), usam a plataforma para transformar seu talento e expertise em riqueza, diretamente. Cada profissional independente é um parceiro, uma empresa, e como em qualquer relação entre empresas, não há espaço para paternalismo, chantagem, fofoca, protecionismo, panelinha. Vale o talento, a produtividade, e quanto maior for esta entrega, maior o valor da troca. 

Entendemos e respeitamos quem deseja seguir outro modelo. Por uma série longa de fatores, alguns poucos listados aqui, não é o nosso caminho. Apresentamos este caminho de forma clara, honesta, direta e transparente para cada um de nossos parceiros. Os que estão dentro e os que querem entrar. E temos visto, com felicidade, cada vez mais gente interessada neste modelo de trabalho e nesta visão de profissional independente.

Se você pensa como nós, fale conosco pelo nosso site e garantimos que desde o primeiro contato você terá uma clareza incomparável de informação. Vai ser difícil encontrar outra empresa deste setor que te trata de forma tão adulta e transparente. E se você não pensa como nós, existem obviamente outros caminhos. Mas se em algum momento, por acaso, você chegar à mesma conclusão, pode ligar pra gente.