30 de Outubro, 2019

A curiosidade é o combustível da inovação.

Estar aberto a novas ideias e ter capacidade estratégica são o ponto de partida.

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Estar aberto a novas ideias e ter capacidade estratégica são os pontos de partida para promover inovação e criatividade nas empresas. Mas como fazer isso quando o tempo é precioso demais para correr o risco de errar?

Com o desenvolvimento de novas tecnologias, as empresas precisam enfrentar rápidas mudanças e cenários de incerteza. Mesmo marcas estabelecidas não podem mais se basear apenas em sua própria expertise; há pressão para continuar se atualizando, se antecipando às tendências de mercado e, claro, inovando. Mas é preciso fazer um alerta: sem alimentar a curiosidade das equipes, o processo de inovação se torna ainda mais desafiador para as empresas.

Eric Schmidt, ex-CEO do Google, certa vez disse: “Nós administramos essa companhia com perguntas e não respostas”. Fazer perguntas provoca novas maneiras de pensar no grupo, desafia ideias pré-existentes e permite ir além do status quo. Prova disso é que a curiosidade é uma das qualidades mais valorizadas pelos líderes, segundo um estudo da PwC. Na pesquisa, os CEOs apontaram “curiosidade” e “mente aberta” como traços de liderança que estão se tornando cada vez mais escassos atualmente.

Por que isso acontece? É preciso estar aberto a novas ideias para criar novos produtos, serviços e estratégias para marcas. O problema é que nem sempre a curiosidade tem espaço para transitar livremente no dia a dia, já que exige persistência, ousadia, inconformismo, entre outros. São pontos que não combinam com uma rotina de deadlines, reuniões e decisões de ordem prática.

A pergunta de um milhão de dólares, então, é: como inovar com eficiência, aliando curiosidade, criatividade e produtividade?

O desafio da flexibilidade

Esse tipo de ação vem sendo reconhecido internacionalmente. Desenvolvemos uma ação para a Perlatte, marca de suplementos da Eurofarma para pessoas intolerantes à lactose. Em um planejamento ousado, levantamos a bandeira da conscientização sobre a intolerância à lactose ao fazer um trocadilho “mudando o nome” da cantora Claudia Leitte. Em uma segunda fase, a ação teve até mesmo um hit da cantora criado exclusivamente para Perlatte, lançado no Carnaval de Salvador. O objetivo foi aproveitar a descontração desta época do ano para conscientizar as pessoas sobre o tema e, como pano de fundo, falar sobre a intolerância à lactose, que atinge até 35% da população segundo pesquisa Data Folha.

O mundo corporativo vive um dilema curioso. Ao mesmo tempo em que as empresas têm que estimular a criatividade e curiosidade para encontrar novas soluções e se diferenciar da concorrência, existe uma enorme pressão para que cada profissional seja o mais produtivo possível. O problema é que raramente a criatividade e a produtividade andam juntas: em 2012, um estudo da Adobe já mostrava que 75% dos entrevistados eram pressionados a ser mais produtivos, apesar de também ser esperado que eles trouxessem novas ideias. O problema é que quanto mais tempo se dedica a atividades já definidas, menos tempo sobra para criar algo novo. Muito menos para fazer perguntas transformadoras e – por que não? – desconfortáveis.

Para inovar com produtividade é preciso ter uma estratégia bem definida. Por mais que pareça paradoxal, é possível, sim, criar método para a inovação e diminuir o tempo de desenvolvimento de ideias e soluções.

E os resultados falam por si mesmos: as empresas com melhores resultados financeiros sustentáveis se concentram em uma lista curta de inovações, em vez de atirar para todos os lados ou tentar serem boas em tudo. Por isso, antes de desenvolver as ideias, é preciso estabelecer os frames estratégicos: quais são as forças e fraquezas da empresa (ou do produto)? Quais são as metas do negócio? Quais as necessidades dos consumidores que precisam ser atendidas?

Esse último ponto é essencial. Quando a inovação tem foco no cliente, ela passa a ser mais produtiva. Em vez de lançar ideias que talvez façam sentido naquele momento, como acontece em um brainstorming tradicional, que tal limitar esse processo e desenvolver ideias com um foco definido?

Inovações que sejam realmente relevantes para o cliente dependem da curiosidade, aliada à criatividade das equipes. É preciso partir dos problemas, limitações e soluções do business, já que a criatividade floresce a partir das restrições, do contexto, da combinação de ideias e do contraste com o que já existe. O uso de ferramentas, processos e metodologias que estruturem a criatividade permite criar inovações com mais produtividade e destacar sua empresa no mercado. É hora de começar!

Conheça a metodologia Sprint Criativo da Santa Clara e veja como implementar um processo criativo eficiente que estimule novos negócios e a construção de valor para sua empresa. Saiba mais.